Gustavo A Vilela
O puro e ingênuo amor, pela doce arte das palavras...
Textos

Gritos silenciosos

     Novamente me vejo sozinho em meu quarto; já passei várias noites assim, olhando fixo para o nada!

     Com a mente cheia de pensamentos lameados e quebrados. Me sinto preso a um labirinto de dor que me traz e me destrói todas às vezes, onde a saída é sempre a entrada, após horas, e que percebo e quero estar morto.

     Minha mente almeja por ajuda, murmura de forma desesperada sons perturbadores como de um animal agonizando em uma armadilha feita de pensamentos repetitivos e dolorosos, que funciona como uma teia que se prende cada vez mais, se tornando menor e cada vez mais devastadora.

     Minha alma grita por ajuda, grita forte por socorro, mas o vazio e a solidão a silenciam e a condenam. Meu corpo paralisado estático já não serve para nada, pois já não é ouvido e nem visto, ele também já está na armadilha.

Meus pensamentos vão se criando um inimigo, tento alcançá-lo, mas tudo que vejo, sou eu mesmo, abraço-me e quero morrer.

     Os escândalos da minha alma pedindo socorro são altos, muito altos e assustadores, aos quais meu corpo se arrepia e fico ainda mais paralisado e não posso e não consigo me mexer.

     E meio a gritos e dor, estou silenciado, minha alma quer ajuda, minha mente calmaria, mas meu corpo só deseja morrer.

 

 

Gustavo Vilela
Enviado por Gustavo Vilela em 23/09/2024
Alterado em 23/09/2024
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